sexta-feira, 27 de julho de 2012

Escura Escuridão



Madona – Edvard Munch

Se ao menos essa luz timida lá no céu pudesse clarear minha escuridão!
Eu traria do fundo da minha pobre alma algumas luzes que deixei apagadas


Escura escuridão vai bem longe buscar uma estrela que possa iluminar a menina,
com outro olhar

Que cego tateia sem pressa, sem prumo e sem crenças

O mau cego na escuridão tropeça nas próprias pernas curtas e tortas pela falta de fé

Onde cai, fica. Adormece, mas não esquece...
Aquece com fogo, empalidece, mas não foge


Empalidece a escura e pálida derme, comum ao maldoso e amargo verme


Nu deitado – Amedeo Modigliani
Por Suerda Morais

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