Quando a tardinha dava seus
primeiros sinais de partida, pude sentir o que o intervalo entre luzes é capaz
de fazer.
O alaranjado caindo pelos
telhados revelava os contrastes das tintas gastas nos muros das casas fechadas.
Sacos de carvão empilhados pareciam adormecidos serenos e envoltos a paz, que
sorte!
O céu antes azul refletia nas calçadas
os tons da noite. Pelo caminho também ouvi pássaros despedindo-se da pouca luz
e buscando abrigos. Quando tudo escureceu, o vento trouxe paz e vontade de
viver para entender ainda mais sobre luzes, telhados e segredos das tardinhas.
Suerda Morais
02/04/2017