Meu filme
inesquecível é “Perdidos na Noite” (Midnight Cowboy), assisti-o no saudoso Cine
Nordeste no final dos anos 60 por ter tido a cumplicidade de uma funcionária do
colégio no qual eu estudava, que aumentou minha idade em 3 anos em minha
carteira de estudante, fazendo que eu adquirisse a maior idade exigida para
assistir os filmes com “Censura 18 anos” tão cobiçados por nós, adolescentes e
jovens daqueles tempos de rigores e
proibiçõesinimagináveis nos tempos
atuais.
Me chamou a atenção além da trilha belíssima, o drama do personagem
vivido por Dustin Hoffman, um vagabundo aleijado numa Nova Iorque cruel com os
“sem”, o personagem procura por uma pasárgada que talvez exista, mas da qual
ele não é amigo do rei.
Saí do cinema com a música Everybody’s Talking na
cabeça e mascando um chiclete igualzinho ao personagem do Jon Voights.
Recomendo para quem quiser assistir um drama sem pieguices e bem no estilo da
cultura da virada dos anos 60.
Assistir em 2011 Dançando do Escuro (Dancer in the Dark) Lars Von Trier (2000)foi o pioneiro da fase em que me dediquei a desvendar os mistérios da alma do Lars Von Trier e seu estilo único de fazer cinema.
Um filme diferente de qualquer um outro!!
É um drama denso que maltrata nossa tolerância sendo apresentado de forma doce e comovente por traz de performances musicais estonteantes que guiam o rumo da nossa interpretação num ritmo que tira o folego e transforma uma experiência fora da nossa realidade numa historia que sobrepõe a essência da alma humana aos pés qualquer argumento racionalista.
Com uma produção é fantástica, e estilo despreocupado com padrões característicos do dogma serve como uma aula para todos aqueles que precisam de referências criativas e alternativas modernas para criação ou simples apreciação do cinema.
O filme aborda tabus da nossa sociedade e coloca sobre a mesa assuntos intocáveis como a xenofobia, a pena de morte, os limites do amor de uma mãe por um filho e serve como um “ensaio sobre a cegueira” nos colocando ainda mais perto de mundos diferentes da nossa realidade. É um musical que conta com a personalidade única da Bjork que produziu quase toda trilha sonora e é a protagonista do drama surpreendendo a todos com uma linda interpretação. Tudo, claro, é mérito da fantástica direção do Lars Von Trier.
Ficou curioso? a Estação trouxe ele completinho pra você!
Consciente que o filme escorrega quando analisado sob o olhar científico , estou ansiosa para ver na telona "Gravidade" , novo filme do cineasta Alfonso Cuarón que retrata a jornada de dois astronautas à deriva no espaço!
No lugar que antes seria de Angelina Jolie e Robert Downey Jr., estão
os atores Sandra
bullock e George Clooney.
O filme vem sendo atraindo sucesso de crítica e público pela sua
Ele é carioca, trabalha com Cinema ,
televisão e publicidade. Estudou arquitetura na Universidade Federal do Rio de
Janeiro e cinema na Escola Superior de Cinema São Luiz, em São Paulo. Nos final
dos anos 60, participou do cinema marginal e foi câmera e diretor de fotografia
no belíssimo e importante filme O bandido da luz vermelha (1968), de Rogério
Sganzerla. Desde 1970, dedica-se também
ao ensino da fotografia para cinema.
O SET foi preparado para um Diretor de Fotografia que faz do seu olhar sensível , um amplo campo de visão e conhecimento
1) QUAL A IMPORTÂNCIA PARA QUEM FAZ CINEMA TRABALHAR
ANCORADO NA TEORIA?
A ideia que possa se dissociar a teoria da prática em
qualquer atividade humana me parece um equívoco. Uma emula a outra e não
existem separadamente. Repetir procedimentos sem saber o porquê deles é um
impedimento à realização da imaginação pelo desconhecimento da teoria. No
audiovisual arte e técnica são indissociáveis.
2) MOSTRAR TUDO COM O MÍNIMO DE PLANO POSSÍVEL É UM DOS MAIS IMPORTANTES DESAFIOS NO CINEMA. EM SUA OPINIÃO, COMO PODEMOS AGIR PARA FUGIR DA
INFLUÊNCIA DA LINGUAGEM TELEVISIVA E ACREDITAR MAIS NO PODER NARRATIVO DA
IMAGEM?
Penso sempre que a tradição discursiva do bacharelato que
herdamos dos colonizadores faz com que nosso audiovisual seja excessivamente
falado. Alguns roteiristas e diretores dão a impressão de não buscar com o
afinco necessário as imagens que passem uma determinada ideia ou conceito,
preferindo coloca-las nas falas ou textos em off. O que conta a história no
cinema é a sequencia das imagens e dos sons. A respeito recomendo o livro do
diretor e roteirista norte-americano David Mamet "Sobre direção de
cinema"
(Ed. Civilização Brasileira), aonde ele conduz um experimento com
alunos de cinema da Universidade de Columbia para buscar as imagens e sons
essenciais para contar uma situação.
3) VIVEMOS DIANTE DE MUITAS INFORMAÇÕES VISUAIS CADA VEZ
MAIS RÁPIDAS, COM ISSO DEIXAMOS MUITAS VEZES DE CONTEMPLAR ALGO OU ALGUMA COISA
DEMORADAMENTE. O QUE PODEMOS FAZER PARA RETOMAR NOSSA SENSIBILIDADE E COM ISSO
A PERCEPÇÃO DE CÓDIGOS IMPORTANTES AO NOSSO OLHAR?
É importante desenvolver um "sensor de
importância"que indique o que vale a pena se dar atenção e dedicar um
tempo, e separa-lo do que é lixo cultural. Claro que às vezes ele vai falhar, e
vamos deixar passar algo muito interessante. Mas temos que admitir essa margem
de erro.
4) ESSE EXCESSO DE INFORMAÇÕES TAMBÉM PODE CAUSAR
DIFICULDADES DE LEITURA. POR QUE PRA SER CINEASTA É IMPORTANTE DESCONSTRUIR A
LEITURA DE IMAGEM E VOLTAR A DESENVOLVER NOSSA SENSIBILIDADE TAMBÉM ATRAVÉS DAS
CORES?
É necessário a quem trabalha com imagem exercitar o descondicionamento
do olhar. Desconectar a imagem de seus significados anedóticos óbvios e
imediatos, e focar na forma, no volume, na cor etc... Só assim podemos
ressignificar o mundo a nossa volta. Experimentos eventuais com substâncias que
aumentem e agucem a percepção e a cognição sensorial pode ser importante em
determinadas fases do processo, mas não são indispensáveis. Buscar na história
da arte as formas de representação passadas de determinados temas, objetos,
personagens etc. também tem relevância na percepção da realidade atual.
5) COMO SE DAR O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE VISÃO NA NOSSA
MENTE?
A esse respeito aconselho a ler alguns papers do Prof. Richard
Gregory. Estão em http://www.richardgregory.org/papers/ Recomendo começar com
Brainy mind.
6) COMO VOCÊ ANALISA A TRIDIMENSIONALIDADE NO CINEMA E COMO
OCORRE O CONFLITO ENTRE O CRISTALINO E A CONVERGÊNCIA DO EIXO?
Não é a toa que estamos na enésima tentativa de introduzir o
cinema estereoscópico para as grandes plateias, mais uma vez sem muito sucesso.
A dissociação daquilo que milhões de anos de evolução associaram intimamente, a
saber: a acomodação do cristalino e a vergência dos eixos ópticos, sempre ira
causar reações desagradáveis na grande maioria dos espectadores. Quer ver
dramaturgia em três dimensões? Vá ao teatro...
7) VOCÊ ESTEVE RECENTE AQUI EM NATAL E FALOU QUE A NOSSA CIDADE POSSUI UMA LUZ "HIPER
REALISTA" POR SUA FORTE RADIAÇÃO SOLAR. ALÉM DE FILTROS, POLARIZADORES...QUAIS OUTROS RECURSOS E DICAS
VOCÊ DEIXA PARA OS QUE QUEREM AMENIZAR ESSA LUZ E TRABALHAR A FOTOGRAFIA PARA CINEMA ?
Aprender teórica e experimentalmente a modular e a
domesticar a luz solar através de difusores (buterflys), rebatedores de todo
tipo, natureza e grau de reflexão e refletores. Experimentem com a fotografia
que é mais prático e depois apliquem na cinematografia.
Conheci pessoalmente o Carlos Ebert em junho desse ano aqui em Natal, quando tive a oportunidade de participar de uma de suas Oficinas de Direção de Fotografia, e também através do Documentário Vlado 30 anos depois. Filme que faz parte da minha Cinemateca, que agora compartilho com vocês.
SINOPSE- No dia 25 de Outubro de 1975, o jornalista Vladmir Herzog apresentou-se ao DOI-CODI (órgão da repressão política do regime militar) para
prestar um depoimento. No fim da tarde do mesmo dia, a família e amigos de
Vlado recebem a terrível notícia: Vlado estava morto e, segundo fonte oficial,
teria cometido suicídio na prisão. O filme revela, a partir de depoimentos de
amigos, familiares, colegas que viveram com ele a história, a amplitude das
perseguições daqueles momentos, a trajetória do jornalista, desde sua infância,
na Iugoslávia, com sua família de origem judaica, fugindo da perseguição
nazista, suas idéias políticas, sua militância, seu senso de ética, até sua
posse como Diretor de Jornalismo na TV Cultura de São Paulo e a perseguição a
ele iniciada naquele momento e o horror dos porões do regime militar, onde
imperava a tortura e os assassinatos políticos.
Com certeza foi o filme "A Vida é Bela", dirigido e protagonizado por Roberto Benigni. Muitas pessoas já haviam me indicado ele e não tive a oportunidade de assistir antes. Me arrependo de ter demorado tanto tempo para vê-lo porque esse filme é simplesmente fantástico. Sempre gostei de filmes que abordam o período da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto como "O Diário de Anne Frank" e "O Menino do Pijama Listrado", mas depois de assistir "A Vida é Bela" nada se compara. A história é envolvente, a maneira como as situações vão se resolvendo e como o personagem age diante do seu filho e reage ao que está acontecendo é impressionante, e apesar de ser um assunto tão triste e tão polêmico, há comédia inserida nas cenas – uma característica do diretor.
O início do filme é bonitinho, Guido (o protagonista) ao tentar conquistar Dora se mete em situações cômicas e constrangedoras ao mesmo tempo, depois se casa com ela e tem um filho.
A fotografia é belíssima, bem iluminada e colorida. Depois fica escura, sombria, pois parte para um drama intenso, quando sua família é levada para os campos de concentração e Guido diz para seu filho que tudo aquilo é um jogo, visando protegê-lo de tudo o que está acontecendo.
Os diálogos são maravilhosos, o desenrolar da história foi muito bem escrito. Confesso que em algumas horas dei até uma choradinha... E não é à toa que esse filme ganhou muitos prêmios, dentre eles o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
“A Vida é Bela” nos faz refletir em como é importante viver e aproveitar cada momento intensamente, em como não devemos desistir a cada obstáculo e em amar e ser amado. Nossa vida pode mudar do dia para a noite, por isso nunca é demais dizer um “eu te amo” para as pessoas que amamos, fazer alguma loucura, comer algo delicioso fora da dieta, pois o amanhã é incerto.
Foi com o CD "Micróbio do Samba" que voltei novamente meus ouvidos e olhar para seu repertório.
Sou do tempo(anos 90) de quando ela sequer tinha uma banda para acompanhar...Adriana Calcanhoto cantava e empolgava sentada num banquinho e um violão nos pequenos palcos,mas maravilhosamente intimista com suas composições, ritmo, papos, piadas e um incrível bom humor!!
Salve Adriana Calcanhoto reinventada!
Lupicínio dizia que era preciso ter o "bichinho do samba", reconhecer o “duende” guardião da vertente para poder cantar. “Ele se gabava de ter sido expulso do colégio, e falava que isso era ter o tal micróbio, o gene do malandro. Achei incrível.”
As Pontes de Madison decididamente é o meu filme inesquecível. Na época em que o assisti, lá pelos idos de 97, eu vivia um dilema pessoal e ele foi determinante para eu virar a página e seguir em frente. Acho mesmo que nunca mais fui a mesma. Por quê? Porque o filme é lindo, sensível, intenso, romântico e absurdamente instigador. Ele mostra, de forma escancarada, que tudo pode mudar no instante seguinte e o que parece impossível é, na verdade, algo simples e crível. Por outro lado, de modo sutil, deixa clara a inexorabilidade das consequências dos nossos atos e a eterna luta travada entre a razão e a emoção, o que nos faz, intimamente e por mais de uma vez, indagar: E se...?
Clint Eastwood é um cavalheiro, fotógrafo, sensível e viril. Mary Streep, uma dona de casa interiorana de meia idade, sem figurino glamouroso, mas com verve e frescor adolescente.
Quando o cupido os acerta, eles viram dois jovens inescrupulosos, destituídos de máscaras e de pudor. E apaixonados. Tanto que ele não titubeia ao dar uma guinada na vida e se jogar, de corpo e alma, naquele romance. Ela, por amor aos filhos e aprisionada pelos duros padrões comportamentais da época, decide sufocar o que sente e lhe arrebata a razão, mesmo sabendo que isso lhe custaria todas as perspectivas de felicidade.
E, se...? Talvez fosse diferente, mas não seria “As Pontes de Madison”, com toda a sua leveza e intensidade, alegria e tristeza, sensibilidade e aridez; ternura e tenacidade. E também porque o enredo prova e comprova o que já experimentamos, ao vivo e a cores, no curso da nossa existência: o amor vive e revive e, com ele, as infinitas possibilidades que a vida traz. E que cada um de nós, consciente ou inconscientemente, é o protagonista da própria história, com poder de escolha, mas prisioneiros das suas inexoráveis consequências. E, se...? Assista ao filme, crie o seu próprio enredo e seja feliz!
Edith Piaf - Um Hino de Amor é um filme que conta a vida da cantora francesa Édith Giovanna Gassion, abandonada pela mãe, passa a ser criada pela avó, dona de um bordel na Normandia. Em virtude de uma doença fica cega dos 3 aos 7 anos de idade. Anos depois passa a viver com o pai alcoólatra. Aos 15 anos começa a cantar nas ruas de Paris, e aos 20 é descoberta por um dono de boate, período em que grava seu primeiro disco. Transforma-se numa grande estrela famosa e internacional, passa por momentos de altos e baixos na carreira. Vive vários amores e decepções, dentre eles, uma paixão proibida por um homem casado... A fotografia, o cenário, a trilha sonora e a interpretação inigualável dos atores transformam esse filme em uma história surpreendente e inesquecível. Todas as vezes que assisto, choro compulsivamente...
Bom… Meu filme inesquecível ou o que me vem primeiro a cabeça, é o "DRIVE" - (2011), dirigido por Nicolas Winding Refn. Assisti no cinema em 2011.
Gostei de muitos aspectos do filme… hehe, claro, a
fotografia é a primeira da lista! A luz, cores, ângulos e movimentos são
fantásticos!!!O enredo do filme é muito bom, mesmo sendo um filme "herói
que salva a mocinha", mas, algumas modificações nessa "base" que faz com que o filme se destaque perante aos outros em sua categoria. Gostei também do personagem principal ser muito calado, na
dele, o típico "não mexe com quem tá quieto"… Identifico-me com esse
tipo de personagem. A princípio, recomendo pela qualidade da fotografia, o
cuidado com que o filme foi feito, uma equipe fantástica, tanto técnicos em
todas suas áreas quanto os atores, que por sinal são fantásticos também!
O roteiro foi muito bem construído, sem nenhum "buraco"
no enredo em que se desenvolve, inclusive, até li o roteiro! Muito bom mesmo! Enfim, quem quiser alguma dica, de filme de ação, esse é um
filme que pra mim, nunca sairá do meu HD! Ops… Quero dizer, armário!!!! hehehe