Só fui ouvir atentamente "Porto Solidão" quando alguém a colocou pra tocar repetida vezes na despedida do Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal no ano de 1979.
Segurando a mão do meu pai fui deixar meu irmão no Cais do Porto, ele tinha dezessete e uma prancha de surf. Eu nove e uma boneca.
Já passava das 23:30, quando o imenso navio da Marinha com suas bandeiras hasteadas ao vento partiu rumo ao Rio de Janeiro.
Demorou muito para a embarcação ficar pequena,
mas o tempo jamais apagou da alma a dor.
Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais..
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais..
O CantorJessé permanece vivo pra mim
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