sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rimas, de ventos e velas, vida que vem e que vai

Só fui ouvir atentamente "Porto Solidão" quando alguém a colocou pra tocar repetida vezes na despedida do Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal no ano de 1979. 
Segurando a mão do meu pai fui deixar meu irmão no Cais do Porto,  ele tinha dezessete e uma prancha de surf. Eu nove e uma boneca.
Já passava das 23:30, quando o imenso navio da Marinha com suas bandeiras hasteadas ao vento partiu rumo ao Rio de Janeiro.
Demorou muito para a embarcação ficar pequena, 
mas o tempo jamais apagou da alma a dor.





Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais..



O CantorJessé  permanece  vivo pra mim



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CORUJAS E PITANGAS