quinta-feira, 14 de julho de 2016

MEU FILME INESQUECÍVEL - Adonias Pimenta




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O que torna um filme inesquecível? O roteiro bem armado, a produção impecável, a fotografia hipnótica, a edição lapidada como um diamante, as atuações de tirar o fôlego, ou a direção sólida, líquida e gasosa ao mesmo tempo? A resposta para esta pergunta não está nas características e nem fases da etapa de produção de uma obra cinematográfica. Um filme se completa de verdade quando ele encontra a sua audiência, na etapa de exibição. É nesta etapa onde os corações são atingidos, sonhos são despertados, uma visão de mundo é entregue, e aquela projeção tem a oportunidade de trocar de lugar com a realidade por cerca de 120 minutos.

Isso foi exatamente o que aconteceu comigo desde que assisti A Fantástica Fábrica de Chocolate (EUA, 1971) de Mel Stuart, pela primeira vez, há quase 20 anos. Considerado uma ficção-científica para crianças, o filme mostra a trajetória de Charlie, um garoto pobre que por pura sorte consegue um dos raros bilhetes para visitar a fantástica fábrica de chocolates Wonka. Um lugar tão misterioso, que desde que fechou as portas ninguém mais entrou ou saiu de lá, sendo esta promoção uma das poucas vezes que o dono da fábrica, Willy Wonka, considerou abrir o lugar.




A fábrica é realmente impressionante, servindo de cenário (e personagem) por todo o 2º e 3º atos. Apesar da produção dos doces parecerem mágica, tudo é "explicado" pela tecnologia que existe no lugar. Durante a visita a fábrica, Charlie conhece as outras crianças, algumas de outros países, e como cada uma encontrou seu bilhete.

A trama é montada sobre valores éticos, com um jogo de ação e reação quase instantâneo. Ao fazer uma crítica, ainda que rasa, ao sistema injusto de privilégio e oportunidades da sociedade, o filme conta uma história de legado e busca por merecimento vinda do coração. Tudo fica ainda mais intenso e significativo com uma cachoeira apontada como a melhor opção para misturar o chocolate.




O filme é a primeira adaptação cinematográfica do livro homônimo publicado em 1964, do escritor britânico Roald Dahl. Como a maioria dos filmes infantis, foi criado para transmitir valores e lições de moral para as crianças.



É possível ver que algumas das questões "recomendadas" pelo filme são amplamente inconvenientes nos ano 2000, mas a história é tão cinematográfica que ganhou uma 2ª adaptação para os cinemas em 2015, dirigida por Tim Burton.








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CORUJAS E PITANGAS