Quando os primeiros raios surgiram, ela não pulou da cama como de costume.
Sem qualquer vigor e com o olhar perdido
entrou sem o próprio
consentimento no labirinto do tempo .
Com os olhos bem fechados viu nitidamente um baú empoeirado
vestido de passado, lá estavam:
Medos sentidos, fragilidades adquiridas, tolices
cometidas, vitórias extraviadas e franqueados
risos...
Surpreso, o falso intrépido coração tocou sem temor esses pequenos pedaços,
e brincou feito criança com os tais temidos pontiagudos brinquedos.
Com eles percorreu descalça uma trilha com delicadas pedrinhas cortantes.
Abriu os olhos e sentindo compaixão dos ingênuos soluços,
correu e foi rapidamente tratar de reinventar brincadeiras e
viver, viver, viver!
viver, viver, viver!
Suerda Morais
Um comentário:
Lindo poema.
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