sexta-feira, 14 de março de 2014

Dia da Poesia - Labirinto do Tempo








Quando os primeiros raios surgiram, ela não pulou da cama como de costume.  
Sem qualquer vigor e  com  o olhar perdido 
entrou sem o próprio consentimento no labirinto do tempo . 
Com os  olhos bem  fechados  viu nitidamente  um  baú empoeirado  vestido de passado, lá  estavam: 
Medos sentidos, fragilidades adquiridas, tolices cometidas, vitórias extraviadas e  franqueados risos...
Surpreso, o falso intrépido coração tocou  sem temor esses pequenos pedaços,
  e brincou feito criança com os tais temidos pontiagudos brinquedos. 
Com eles percorreu descalça uma  trilha com delicadas pedrinhas cortantes.
Abriu os olhos  e sentindo compaixão dos ingênuos soluços,
correu e foi rapidamente tratar de reinventar brincadeiras e 
viver, viver, viver!



Suerda Morais

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo poema.

CORUJAS E PITANGAS