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Mostrando postagens de julho, 2016

O Som da Minha Vitrola

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Ao me convidar para sua aldeia, saiba de antemão que carrego som na mochila. Minhas camadas dependem de ondas sonoras para respirar, comer, beber e adormecer. Sob o som da minha vitrola desperto de sonhos, acordo para fantasias e brinco com memórias. Músicas dividem meu tempo e como existem muitos e muitos “tempos” em mim, minha coleção transborda e deságua em mares musicais. Na minha vitrola, lacunas de silêncios e pausas são preenchidas com sons que aceleram e dopam, simultaneamente.  Viajei sob efeito dessa nova “LANÇA PERFUME”. Nessa regravação,  Pitty explora seu melhor estilo e chega muito perto do pop inteligente e debochado da nossa sempre mutante Rita Lee. Sobe o som

MEU FILME INESQUECÍVEL - Adonias Pimenta

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https://www.facebook.com/adoniaspimentajr O que torna um filme inesquecível? O roteiro bem armado, a produção impecável, a fotografia hipnótica, a edição lapidada como um diamante, as atuações de tirar o fôlego, ou a direção sólida, líquida e gasosa ao mesmo tempo? A resposta para esta pergunta não está nas características e nem fases da etapa de produção de uma obra cinematográfica. Um filme se completa de verdade quando ele encontra a sua audiência, na etapa de exibição. É nesta etapa onde os corações são atingidos, sonhos são despertados, uma visão de mundo é entregue, e aquela projeção tem a oportunidade de trocar de lugar com a realidade por cerca de 120 minutos. Isso foi exatamente o que aconteceu comigo desde que assisti A Fantástica Fábrica de Chocolate (EUA, 1971) de Mel Stuart, pela primeira vez, há quase 20 anos. Considerado uma ficção-científica para crianças, o filme mostra a trajetória de Charlie, um garoto pobre que por pura sorte consegue um dos raro...

MEU FILME INESQUECÍVEL - Michelle Ferret

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https://www.facebook.com/michelle.ferret Poderia ser “A Festa da Menina Morta” de Matheus Nachtergaele ou o “Céu de Suely “de Karin Ainouz, mas o filme que marcou muito minha vida e ainda revisito diferentes vezes é Lluvia (2008). Um argentino da diretora Paula Hernández. Tem filmes que nos faz chover por dentro. Lluvia é um desses. Dirigido por Paula Hernández, Chuva começa partindo. No fim de um relacionamento, Alma (Valéria Bertuccelli) decide colocar alguns pedaços de sua vida em um carro e ir embora sem destino. O filme se passa em uma chuva, intensa, num inverno rigoroso de Buenos Aires e nos faz ver através das janelas o embaçar da vida. No engarrafamento, o ocaso se faz em meio ao movimento turvo dos olhos. Um homem em fuga atrapalha sua solidão. Roberto (Ernesto Alterio) encontra Alma no seu despedaço e assim a história começa. Um...

UM SET PARA: Paulo Dumaresq

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Ele nasceu no Rio de Janeiro, cresceu em Natal e atualmente faz da pauliceia desvairada sua suíte cultural.  Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, apaixonou-se cedo pela literatura. Escreveu livros, poemas e peças. Dirigiu espetáculos, recitais e monólogos.  Por "Jorges – A Poesia de Jorge Fernandes no Palco", recebeu o prêmio de Melhor Direção no III Festival de Monólogos de Marília (SP) no ano de 1998, e os prêmios de Melhor Cenário e Melhor Figurino no ano 2000 em sua quarta edição. Em 2005 foi responsável pela Direção do Auto do Natal, um espetáculo que reuniu mais de sessenta artistas. Sua dramaturgia não só apenas é encenada em diversos estados brasileiros, mas em países como Portugal e Angola. Sua arte pulsa, brinca, arde e inquieta os sentidos. Com uma percepção aguçada, ele avança e estabelece novas e criativas convergências entre as comunicações e as artes. Salve Jorge! Um SET para Paulo Dumaresq é desejo antigo, agora r...

O VOLTAR

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Fui serenar e vi o tempo passar. Recolhi frutos e redescobri o caminho do mar! Ouvi infinitos silêncios e me fiz calar. Os dias idos e vividos trouxe-me descalça.  Agora, transbordo e brinco. Com sonhos inventados não faço mais nenhum pacto. Presa em meus próprios laços, declaro-me livre dos fios  que impedem o tecer do MEU OLHAR.