terça-feira, 13 de novembro de 2012

Não aprendi a me render que caia o inimigo então

No final dos anos 80 e década de 90  fiquei dividida entre pop, o rock ,o blues,samba, tropicália, mpb, bossa nova, new wave, maracatu atômico... e com  isso "METAL CONTRA AS NUVENS"  passou despercebida pela minha vitrolinha!    





Só fui ouvir com atenção a segunda faixa do CD "V" quase uma década depois... e sou  apaixonada pela sua letra e variação melódica




Dentre tantos sentimentos que inspiraram o Renato Russo estava o de descontentamento com as falsas promessas políticas do então presidente Fernando Collor de Melo.  
As dificuldades enfrentadas pela  Legião para receber o dinheiro dos direitos autorais de suas canções  também foram  expressas nos fortes versos da mais longa canção da banda (11'28") 




 "METAL CONTRA AS NUVENS"  me trouxe diversas sensações e dentre elas, destaco a de procurar e  provocar a minha própria coragem.


E você?
Sabe o que defender?
Você é ouro em seu brasão?


Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.


Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.


Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.


Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.


Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.


II
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.


Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.


Olha o sopro do dragão...
III
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais


Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.


Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.


Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.


IV
- Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.


E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.





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CORUJAS E PITANGAS