Meu novo ser
Dizem por aí que estanquei, que enlouqueci. Sim, descolorei os cabelos, as unhas, e agora os jarros antes pintados jazem solitários, despidos de cores. Estranho que os conhecidos desconheçam este meu novo ser. Mas, os persistentes enfrentarão muros e espinhos: minhas cores ainda vivem nas memórias doces, e estas saciam instantes avassaladores. Elas resistem em raros pergaminhos.
Suerda Morais/2025

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