Vamos falar sério? Quem nunca se
viu em uma situação de vulnerabilidade diante de si? É algo mais ou menos
assim: Você acorda, toma banho, café, escova os dentes, vai para o trabalho...e
tudo é tão mecanicamente natural, que você até acredita ser normal. Porém,
certo dia sem perceber, você desacelera, olha para os lados e subitamente sai
de cena e passa a observar a si mesmo. Identifica rapidamente um desconhecido
ocupando seu lugar na vida. Uma pungente distância separa você e o seu
duplicado. Onde foram parar suas hesitações, inquietações, fragilidades e o
raio x do seu coração? Nesse momento você torna-se a mais doce isca das emoções
soltas, aquelas que voam desajeitadamente fora do círculo e param sem pedir licença diante do
seu eu genuíno de fábrica. Esse encontrão te dará dois caminhos: Acreditar que
não é tão fácil assim falsificar sua alma e deitar-se na próxima rede com
aquele livro...ou fechar todas as entradas da insanidade e seguir sã, porém com
remorsos e tristezas pelo maior dos desertos, o de si mesmo.
Suerda Morais
Nenhum comentário:
Postar um comentário