Dia da Poesia - Labirinto do Tempo

Quando os primeiros raios surgiram, ela não pulou da cama como de costume. Sem qualquer vigor e com o olhar perdido entrou sem o próprio consentimento no labirinto do tempo . Com os olhos bem fechados viu nitidamente um baú empoeirado vestido de passado, lá estavam: Medos sentidos, fragilidades adquiridas, tolices cometidas, vitórias extraviadas e franqueados risos... Surpreso, o falso intrépido coração tocou sem temor esses pequenos pedaços, e brincou feito criança com os tais temidos pontiagudos brinquedos. Com eles percorreu descalça uma trilha com delicadas pedrinhas cortantes. Abriu os olhos e s entindo compaixão dos ingênuos soluços, correu e foi rapidamente tratar de reinventar brincadeiras e viver, viver, viver! Suerda Morais