segunda-feira, 23 de junho de 2014

1982 – Copa Canarinho




Na Copa Canarinho, jogar bola era muito melhor que brincar de boneca!!
Colecionei álbuns, negociei figurinhas. Com joelhos ralados, perdi e ganhei no jogo de bafo repetidas e preciosas figurinhas.Sabia na ponta da língua o nome de titulares e reservas.  Tinha foto do Telé Santana colada na capa do caderno.




  




Nenhuma  copa me trouxe tanto amor, alegria, dor e paixão!
Será que fiquei presa no passado,
ou terá sido o canarinho?




domingo, 22 de junho de 2014

Porto Parado

No movimento 
lento
das barcaças
amarradas
O dia,
sonolento
vai inventando as variações das nuvens
                                                      Mário Quitana




quarta-feira, 18 de junho de 2014

Tem um lugar diferente lá depois da saideira...



No ano de 1998 a banda mineira Skank lançou o álbum "Siderado"



Um  trabalho que tem um  lindo projeto gráfico criado a partir de pinturas de César Maurício, artista plástico  vocalista do grupo Radar Tantan, com fotos de Bob Wolfenson. 

"Siderado" vendeu 750.000 cópias



No meio das  baladinhas românticas como "Resposta" e "Romance Noir".
A melhor batidinha do cd ficou entre as mais tocadas na época e ganhou
um clip empolgante que traduz exatamente o melhor que se pode esperar de uma boa"Saideira"

Quem é de beijo, beija,
      Quem é de luta, capoeira...


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Escrever com imagens - Laís Bodanzky

“O Cinema é algo provocador, um filme é quase uma desculpa para tomar certas atitudes para mudar algo"
Laís Bodanzky



Sob o olhar da Cineasta Laís Bodanzky, saio facilmente da condição de espectadora e embarco em universos ficcionais carregados de realidades convincentes. Os dilemas do mundo contemporâneo  retratados com camadas transparentes acionam meus dispositivos sensoriais  possibilitando que o meu envolvimento alcance um alto grau de cumplicidade com o consciente dos seus personagens.





No premiado longa “Bicho de Sete Cabeças”, tomei o  lugar do personagem Neto  e com ele senti  a crueldade das dores físicas e  psicológicas.  Perambulei por quartos do manicômio, tomei choque, perdi a consciência, senti medo e revolta.



Em “As Melhores Coisas da Vida” sua câmera caminha com autenticidade pelas relações cotidianas dos jovens com seus pais, escola e sociedade. Na abordagem dos problemas, todas as fragilidades são exploradas de uma maneira em que podemos compreender, aceitar os fatos, e rever nossos conceitos diante das mudanças da vida.



No filme “Chega de Saudade” que teve influências do livro “A Velhice”, de Simone de Beauvoir, onde o conceito de que a ideia de velho geralmente vem do outro, e não do próprio indivíduo. Tive uma nítida sensação de intimidade com o tempo.  Os sentimentos e conflitos retratados no salão União Fraternos que parecem ocasionais, nos conduzem para uma dança entre passado e presente.





Todos esses filmes possuem fortes elementos na sua composição fílmica. Elenco, Direção de Arte, Trilha Sonora, Direção de Fotografia e Som Direto funcionam em  harmonia. Juntos criam sentidos e significados, estabelecendo a construção de um pensamento sob um olhar apurado e delicado.

A escrita da câmera de Laís Bodanzky nos traz universos que respiram autenticidade. Suas imagens possibilitam que possamos sair da observação para  nos tornarmos coadjuvantes.





 “O nosso objetivo sempre foi fazer cinema de reflexão para o grande público
Laís Bodanzky




CORUJAS E PITANGAS