sábado, 30 de junho de 2012

Eu não quero cantar, pra ninguém a canção que eu fiz pra você

                                                  

Eu não vim aqui
Pra entender
Ou explicar
Nem pedir nada pra mim
Não quero nada pra mim

Eu vim pelo que sei
E pelo que sei
Você gosta de mim
É por isso que eu vim

Eu não quero cantar
Pra ninguém a canção
Que eu fiz pra você
Que eu guardei pra você
Pra você não esquecer
Que tem um coração
E é seu tudo mais que eu tenho
Tenho tempo de sobra
Tenho um jogo de botão
Tenho essa canção

Eu não vim aqui
Pra entender
Ou explicar
Nem pedir nada pra mim
Não quero nada pra mim

Eu vim pelo que sei
E pelo que sei
Você gosta de mim
É por isso que eu vim

Eu não quero cantar
Pra ninguém a canção
Que eu fiz pra você
Que eu guardei pra você
Pra você não esquecer
Que tem um coração
E é seu tudo mais que eu tenho
Tenho tempo de sobra
Tenho um jogo de botão

Tenho essa canção





terça-feira, 26 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Os Estados acima de leis e fronteiras

Apaixonada por Documentários, participei recentemente da "Mostra Cinema pela Verdade".
E mais uma vez fiquei surpresa com o que vi e ouvi.


E você? quer saber um pouquinho mais  sobre a Ditadura Militar e suas consequências?

Então assista a esses filmes: 


Cidadão Boilsen
Um capítulo sempre subterrâneo dos anos de chumbo no Brasil, o financiamento da repressão violenta à luta armada por grandes
empresários, ganha contornos mais precisos neste perfil daquele que foi considerado o mais notório deles. As ligações de Henning Albert Boilesen (1916-1971), presidente do grupo Ultra, com a ditadura militar, sua participação na criação da temível Oban – Operação Bandeirantes – e acusações de que assistiria voluntariamente a sessões de tortura emergem de diversos depoimentos de personagens daquela época.
Direção: Chaim Litewski, 2009 Documentário, 92 minutos.


Condor
Condor foi o nome dado à cooperação entre governos militares sul-americanos que resultou no sequestro e assassinato de milhares de
pessoas e no exílio de tantas outras. Uma análise contemporânea destes eventos, trazendo uma história de terrorismo de Estado, mas também de pessoas e da procura pela verdade e justiça.Direção: Roberto Mader, 2007.
Documentário, 106 minutos.
Com uma delicada trilha sonora, assinada por Victor Biglione.

Hércules 56
Na semana da independência de 1969 o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, foi sequestrado. Em sua troca foi exigida a divulgação de um manifesto revolucionário e a libertação de 15 presos políticos, que representam diversas tendências políticas que se opunham à ditadura militar. Banidos do território nacional e com a nacionalidade cassada, eles são levados ao México no avião da FAB Hércules 56. Através de entrevistas com os sobreviventes os fatos desta época são relembrados.
Direção: Silvio Da-Rin, 2006. Documentário, 94 minutos.






domingo, 24 de junho de 2012

Não existe malandragem para mulher - Leandro Sapucahy



Um sambista da tradição dos grandes cronistas da cidade, um artista que se inspira nas ruas e nos humores que percebe nelas. Assim é Leandro Sapucahy. Seus discos anteriores (Cotidiano, de 2005, e Favela, de 2008) são das melhores trilhas sonoras para se acompanhar o momento daquele Rio que fervia, no auge da violência urbana. Leandro fazia o ‘samba de bandido’.
A música acompanhava o movimento nas favelas e o 
bangue-bangue feroz nas comunidades acuadas pela absoluta incapacidade de perceber, no meio do tiroteio entre policiais e traficantes, o que era o bem e o mal.
A cidade mudou, o artista percebeu.


 
 Malandro também ama é um disco de samba-romântico, de coração aberto para a esperança, onde os desentendimentos, quando existem, são os dos amantes que chegaram ao fim do caminho e, resignados, partem para novos projetos de felicidade. 
 Esqueça a cerveja, e faça uma tradiconal caipirinha.
Bom domingo!


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rimas, de ventos e velas, vida que vem e que vai

Só fui ouvir atentamente "Porto Solidão" quando alguém a colocou pra tocar repetida vezes na despedida do Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal no ano de 1979. 
Segurando a mão do meu pai fui deixar meu irmão no Cais do Porto,  ele tinha dezessete e uma prancha de surf. Eu nove e uma boneca.
Já passava das 23:30, quando o imenso navio da Marinha com suas bandeiras hasteadas ao vento partiu rumo ao Rio de Janeiro.
Demorou muito para a embarcação ficar pequena, 
mas o tempo jamais apagou da alma a dor.





Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais..



O CantorJessé  permanece  vivo pra mim



quinta-feira, 21 de junho de 2012

Cinema UnP Apresenta

SINOPSE - O Documentário Alberi “ O Craque Alvinegro”  vai contar um pouco da história de Alberi José Ferreira de Matos,  um jogador de futebol que foi tetra campeão potiguar pelo ABC Futebol Clube nos anos de  1969 a 1973. No ano de 1972 também conquistou o maior prêmio que um atleta de futebol que atua no país pode almejar: a Bola de Prata da Revista Placar (Editora Abril).




Um gênio de partituras universais compondo dribles, gols, lançamentos. Um poeta de versos intuitivos, mágicos, paralisantes. Um Deus que a bola reverenciará, submissa, pela eternidade: Alberi.

Jornalista Rubens Lemos Filho


Na condição de ídolo do ABC FC , Alberi José Ferreira de Matos correspondeu muito bem, exibindo  sempre um futebol extremamente fino, passes medidos, lançamentos perfeitos, ampla visão de jogo atuando de cabeça erguida, biótipo perfeito para um futebolista, pois tinha 1.80m, pernas musculosas, batia bem com direita e esquerda,e com inesquecíveis  fintas coreográficas. Hoje, tem como consolo o carinho dos seus fãs. claro, os que tiveram a sorte de vê-lo jogar.


Jornalista  Everaldo Lopes


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Olha praquele balão multicor, como no céu vai sumindo

O Vestido estampado, o chápeu de palha com trancinhas, a fogueira acesa assando o milho, a canjica no fogo, a quadrilha matuta, as bandeirinhas coloridas...
 Tudo isso, faz do mês de junho um dos períodos que mais gosto no ano!!



E você, já olhou para o céu em busca do balão multicor?


 Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o teu coração
O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xóte, baião no salão
E no terreiro
O teu olhar, que incendiou
Meu coração.



 Viva ao nosso Nordeste!
Viva aos nossos costumes!
Viva ao São João!



domingo, 17 de junho de 2012

A sorrir eu pretendo levar a vida

Domingo nublado...e uma certa preguiça misturada  a uma forte alergia prevalece aqui.
Porém, o samba tem que ecoar!
Pois, a sorrir eu pretendo levar a vida,
Pois chorando,
Eu vi a mocidade perdida.
 
Sobe o Som!!
Mas minha cerveja vou guardar pra terça-feira



Alegria
Era o que faltava em mim
Uma esperança vaga
Eu já encontrei.
Teus carinhos que me faz
Me deixe em paz
Não te quero ver
Para nunca mais.
Eu sei que teus beijos e abraços
Tudo isso não passa de pura hipocrisia
Já que tu não és sincera
Eu vou te abandonar um dia.
A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade perdida.
Finda tempestade
O sol nascerá
Fim dessa saudade
Hei de ter outro alguém para amar.






Sua majestade: 
O Samba com a Velha e maravilhosa Guarda da Mangueira



sábado, 16 de junho de 2012

Eu vou tentar

Voltando pra casa depois de uma tarde cansativa...
ouvi uma das últimas gravadas pelo IRA.


 E confesso que bateu uma saudade...


Hoje eu saio cedo
Sem saber se vou voltar
Caminho entre os carros
Deixo a rua me levar
Vou ser feliz
Longe daqui

E mesmo que eu encontre
Um caminho diferente
Que aproxime o eu de mim
E afaste o eu da gente
Eu vou tentar
Eu vou tentar

Vou só sem uma foto,
uma lembrança, uma canção
Te deixo de herança,
o som do velho violão
Acorde em Mi Maior
Pra você ter algo de mim

E sempre que estiver sozinha
Nas tardes de domingo
É só você pensar que eu
Eu vou voltar sorrindo
Eu vou tentar...
Eu vou tentar...

Eu vou tentar fazer você feliz
Nem que seja pela última vez
Eu vou tentar fazer você sentir...é...
Tudo como na primeira vez

Eu vou tentar...






quinta-feira, 14 de junho de 2012

Hoje os ventos do destino, começaram a soprar

Que os shows desplugados da MTV  conseguem fazer boas releituras musicais ninguém discorda.
Mas alguns conseguem deixar a coisa ainda mais bonita!
E esse é o caso de "Depois de Nós"


Sobe o som que o som é bom!

Hoje os ventos do destino
Começaram a soprar
Nosso tempo de menino
Foi ficando para trás
Com a força de um moinho
Que trabalha devagar
Vai buscar o teu caminho
Nunca olha para trás
Hoje o tempo voa nas asas de um avião
Sobrevoa os campos da destruição
É um mensageiro das almas dos que virão ao mundo
Depois de nós
Hoje o céu está pesado
Vem chegando temporal
Nuvens negras do passado
Delirante flor do mal
Cometemos o pecado
De não saber perdoar
Sempre olhando para o mesmo lado
Feito estátuas de sal
Hoje o tempo escorre dos dedos da nossa mão
Ele não devolve o tempo perdido em vão
É um mensageiro das almas dos que virão ao mundo
Depois de nós
Meninos na beira da estrada escrevem mensagens com lápis de luz
Serão mensageiros divinos, com suas espadas douradas, azuis
Na terra, no alto dos montes, florestas do Norte, cidades do Sul
Meninos avistam ao longe
A estrela do menino Jesus





segunda-feira, 11 de junho de 2012

Meu primeiro Vinil!


Eu tinha nove anos de idade  e de tanto cantarolar "Ow My Own"
Minha irmã acabou me presenteando com um disco compacto.
E durante muitos e muitos anos foi meu melhor presente!!!




domingo, 10 de junho de 2012

Bonde do Dom

Domingo tem cheiro de batucada e alegria, não é mesmo?



 O lindo samba romântico "Bonde do Dom" tá no belíssimo álbum "Universo ao Meu Redor" de 2006 da cantora Marisa Monte



 




sábado, 9 de junho de 2012

Garota recém saída da adolescência

Sua dor aos poucos cedia espaço.Aos poucos foi abrindo o sorriso novamente, embora fosse difícil compreender como podia continuar agindo feito uma garota recém saída da adolescência. Ficava horas tentando formar um quebra cabeças com retalhos de lembranças e cada vez mais tudo ficava mais confuso.Prometeu não pensar nas coisas ruins, encostou a cabeça no travesseiro, fez gestos de agradecimentos a Deus, fechou os olhos e dormiu por quase duas horas no sofá, sem ventilador e sem desligar o som.

 
Meus Rabiscos

Escrito em 03/12/2005 

 

 

 

 

 

Plantei um pé de alecrim, um pé de alecrim, para perfumar

Canta, Maria
A melodia singela
Canta que a vida é um dia
Que a vida é bela, minha Maria,
Lá, lá, lá, lá, lá,
Maria é meu amor
Lá, lá, lá, lá, lá,
Amor que me faz chorar
Plantei um pé de alecrim
Um pé de alecrim, para perfumar
A nossa linda casinha
Tão simplezinha, que dá gosto olhar

 
"Canta Maria" tá  no Cd Onde Brilhem os Olhos Seus, lançado em 2007 sob a Direção artística do Nelson Motta.
Em 2008, foi  um dos mais ouvidos por aqui, e confesso que "Canta Maria" não era uma das minhas preferidas. Na verdade, eu estava muito mais envolvida com as faixas:"Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos" "Seja o Meu Céu""Ta-hi" "Insensatez" "Diz que Fui por Aí" e "Luz Negra"do saudoso Nelson Cavaquinho...



A música  ressurge reinventada.
Preste atenção na linda fotografia.

Canta Takai!







sexta-feira, 8 de junho de 2012

Releituras Musicais -Fernanda Takai x Nara Leão


 
 A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração que nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado
 






quinta-feira, 7 de junho de 2012

A Mão e a Luva - Os movimentos do coração não estão nas mãos da vontade...

Não li Machado de Assis por ordem dos professores, nem como uma obrigação para aprender literatura.
Meu encanto se deu só aos  vinte  e poucos anos, numa  rua deserta e era um domingo.
Vi um livro de capa dura dourada pendurado por uma corda em frente a uma banca de jornal. 
A promoção da editora Globo chamou minha atenção. O ano era 1997.



"Há no amor um gérmen de ódio que pode vir a desenvolver-se depois. Talvez chegues a
acusá-la de te não querer; nesse dia reflete que os movimentos do coração não estão nas mãos da vontade. Ela não tem culpa se outro lhe despertou o amor.
- Ah! Incumbiu-te da defesa!
Luís Alves sorriu; ele contava com a recriminação.
- Não, não me incumbiu da defesa, disse ele; sou eu que a tomo por minhas mãos. Que
defendo eu aqui senão a natureza, a razão, a lógica dos sentimentos, dura e inflexível como toda a outra lógica? Há no fundo das tuas palavras um sentimento de egoísmo..."


 Esqueci  o que acontecia ao meu redor durante os dois dias em que devorei o livro. 
E eu voltei lá na banca muitas outras vezes!




Um pouco da história do livro

 

A mão e a luva é um dos romances de Machado de Assis, publicado em 1874.
Incrível a diferença no rítimo e narrativa entre este que é o segundo livro de Machado e "Memórias póstumas...". A Mão e a Luva é perfeitamente sintonizado com o Romantismo entretanto é possível perceber entre a estrutura clássica do romance, as características que farão de Machado nosso verdadeiro bruxo do Cosme Velho! A conversa com o leitor e o sarcasmo mostram-se, ainda que timidamente, como em:
Estevão, vendo-se abandonado e rejeitado começa a se iludir pensando que tudo não passa de um teste do ser amado: "A imaginação de Estêvão desceu por este declívio de floridas conjecturas, e Luís Alves entendeu que era de bom aviso não espantar-lhe os cavalos. Ela foi, foi, foi por ali abaixo, rédea frouxa e riso nos lábios. Boa viagem!" "A careta que fez ao sair ninguém lha pôde ver, e não se perdeu nada." "as aparências de um sacrifício valem mais, muita vez, do que o próprio sacrifício"
A obra tem também um quê de pessimismo, ou ao menos, uma desilusão com o caráter humano. O enredo trata de uma garota determinada e segura de si, de origem humilde e simples que se vê a "fortuna" dar-lhe oportunidade de ascender socialmente e busca manter-se assim após (ou através de) o casamento. È prentendida por três: O sincero e romântico Estevão, que carrega em si todos os esteriótipos dos heróis Românticos, sendo tratado pelo narrador como apaixonado e sincero, porém patético. O previsível, vazio e medíocre Jorge, muito próximo à menina porém sem brilhantismo. E o astuto e ambicioso Luís Alves (único com nome e sobrenome!), homem sóbrio determinado, com aspirações políticas e sociais fortíssimas. Frente a isso, a união entre a menina Guiomar e Luís Alves, é tão certeira como o ajuste entre a Mão e a Luva!







quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ponta Negra meu amor, por Zé de Brito!



Conheci Zé de Brito numa certa manhã de segunda feira, enquanto aproveitava a praia quase vázia...do jeitinho que eu gosto.
Ele mora em Touros,  é agricultor aposentado, mas acorda muito cedinho, por volta das cinco da matina, pega dois ônibus e passa o dia andando pela orla da praia de Ponta Negra, vendendo seus versos de cordel e cantarolando algumas músicas que ele mesmo escreve.
Não resisti a sua simpatia e talento. Liguei a câmera e apertei o REC.


Canta Zé de Brito!!



terça-feira, 5 de junho de 2012

Quero ter olhos pra ver, a maldade desaparecer, O amor...será eterno novamente


O sol....há de brilhar mais uma vez
A luz....há de chegar aos corações
Do mal....será queimada a semente
O amor...será eterno novamente
É o Juízo Final, a história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver, a maldade desaparecer
O amor...será eterno novamente


E foi ouvindo Juízo Final no último domingo, que finalmente fechei a trilha musical de um trabalho muito especial.

Sua benção Nelson Cavaquinho!!


domingo, 3 de junho de 2012

Lunáticos felizes!

Fiquei até sem jeito aqui da postagem anterior...
Mas contra  palavras bem escritas, não uso borrachas.

 Ivan Hagi,  
na estação do meu olhar,
você é sempre bem vindo!


2011


Saudades das altas horas e
da sua maravilhosa companhia!


CORUJAS E PITANGAS